Moda em Nova Iorque - Estratégia dos estilistas

A Semana de Moda de Nova Iorque – seguida pelas Semanas de Moda de Londres, Milão e Paris – mostrou aos retalhistas e meios de comunicação social as colecções de moda para a Primavera-Verão 2010, mas os consumidores têm de esperar seis meses pelos novos estilos.
Embora os modelos para a próxima estação quente foram já apresentados, as lojas estão cheias de roupa para o Outono-Inverno. No entanto, as temperaturas estão ainda quentes e as roupas estarão já provavelmente com descontos quando o frio chegar.
Para além dos estilos em conflito e a economia débil, há muitas questões que devem ser reavaliadas, como as datas de entrega, segundo Fern Mallis, vice-presidente sénior da IMG Fashion, responsável pelo evento de Nova Iorque, oficialmente conhecido como Mercedes-Benz Fashion Week.
Segundo a responsável, os designers devem ponderar em fazer chegar os artigos mais cedo a grandes department stores de forma a agradar aos consumidores, em contradição com roupas que chegam tão cedo que ninguém está pronto para as comprar. «Às vezes é preciso bater no fundo para olhar com novos olhos para tudo», sublinhou Mallis.
Por seu lado, Diane Von Furstenberg sugere enviar menos peças, mas mais vezes. «É importante para toda a gente diminuir a oferta, tornando-a mais entusiasmante e talvez fazê-lo mais vezes», explicou.
Mallis afirmou que não está tão preocupada com a economia como estava há seis meses atrás: «está a melhorar. Talvez seja isso que é a moda – pôr esta máscara e brilho em tudo e torná-la fabulosa».
O designer americano Marc Jacobs apresentou um desfile menos elaborado, com peças num espectro de preços mais alargado. «Estamos todos a tentar ser um pouco mais responsáveis. Tentamos oferecer mais, para dar mais possibilidades às pessoas de comprarem coisas», revelou Jacobs.
Para tentar levar os consumidores a comprar, os desfiles de moda de Nova Iorque começaram com a Fashion’s Night Out, a 10 de Setembro, uma iniciativa da editora da Vogue Anna Wintour. «O mais importante é levar as pessoas às compras, às lojas, e fazer com que elas se sintam bem com isso», explicou Wintour.
A Vogue organizou o alargamento do horário até tarde com lojas em Nova Iorque, na Grã-Bretanha, em Itália, na Rússia, em França, no Brasil, na Índia, em Espanha, na China, na Alemanha, no Japão e em Taiwan para «celebrar a moda».
«Precisamos de conquistar os consumidores e fazê-los perceber que fazer compras faz a diferença para o mundo e contribui para suportar uma indústria essencial», concluiu Donna Karan.

In "Portugal Têxtil"

1 comentário:

C A disse...

ESSA TENDÊNCIA DE SE CRIAR MENOS PEÇAS MAS ENVIAR MAIS JÁ SE VERIFICOU NA ÚLTIMA EDIÇÃO DA NYFW, E TALVEZ SE FAÇA VER TAMBÉM AGORA EM MILÃO, ONDE SÃO MUITO POUCOS OS DESIGNERS QUE APRESENTAM MAIS DE 35 LOOKS.

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