O Museu de Artes Decorativas em Paris presta uma homenagem a Madeleine Vionnet e à sua contribuição para mudar a face da moda desde 1912 até 1939, quando fechou a sua casa de moda na sombra da II Guerra Mundial.
Nos círculos da moda manteve-se uma lenda, uma das primeiras modernizadoras e uma das mais inovadoras designers do seu tempo, sobretudo com o uso pioneiro do corte em viés e draping que libertava o corpo das mulheres das restrições de um corpete.
A sua influência nas gerações seguintes de designers, como se verificou com Cristobal Balenciaga, Azzedine Alaia e Yohji Yamamoto, não tem paralelo.
Vionnet era uma purista, uma perfeccionista, inspirada na beleza clássica da antiguidade Grega como mostrada na simplicidade do “peplos” – um lençol rectangular a envolver o corpo, atado no ombro e ajustado na cintura. E construiu os seus designs em volta de três formas modelo: o rectângulo, o quadrado e o círculo.
Nunca se preocupou com desenhos preliminares, mas registou todas as suas criações com fotos da parte da frente, trás e lados, numeradas e mantidas em álbuns de arquivo. Os álbuns e as bonecas estão em exposição, tendo sido parte do generoso legado de Vionnet doado ao museu antes da sua morte, em 1975, aos 98 anos.
Numa década estabeleceu a sua assinatura. Não foi a primeira a cortar em viés mas nunca o método tinha sido usado num vestido inteiro, uma técnica que lhe deu uma nova dinâmica, segundo Golbin (responsável pela exposição). A ela dá-se também o crédito de ter popularizado as golas tipo capuz e as peças presas apenas no pescoço.
O seu material de eleição era o crepe, do leve como uma pena ao ultra pesado, por causa da sua fluidez. A partir de 1930, os produtores começaram a produzi-lo com larguras de 1,4 a 2 metros, permitindo que vestidos completos fossem cortados em viés, para produzir os modelos sinuosos e pendentes que eram a sua marca. A precisão do corte era fundamental. A decoração nunca era supérflua mas uma parte integrante da estrutura e equilíbrio de cada peça, incluindo as delicadas rosas à volta da cintura.A exposição estará aberta por mais tempo do que o habitual, até Janeiro de 2010, para estar presente em todas as grandes datas do calendário de moda de Paris, de modo a que o máximo de pessoas a possa ver. «Estes vestidos não são vistos há anos e, depois disto, serão novamente guardados por muito tempo. Este é o momento deles para brilharem», conclui Golbin.
Nos círculos da moda manteve-se uma lenda, uma das primeiras modernizadoras e uma das mais inovadoras designers do seu tempo, sobretudo com o uso pioneiro do corte em viés e draping que libertava o corpo das mulheres das restrições de um corpete.
A sua influência nas gerações seguintes de designers, como se verificou com Cristobal Balenciaga, Azzedine Alaia e Yohji Yamamoto, não tem paralelo.
Vionnet era uma purista, uma perfeccionista, inspirada na beleza clássica da antiguidade Grega como mostrada na simplicidade do “peplos” – um lençol rectangular a envolver o corpo, atado no ombro e ajustado na cintura. E construiu os seus designs em volta de três formas modelo: o rectângulo, o quadrado e o círculo.
Nunca se preocupou com desenhos preliminares, mas registou todas as suas criações com fotos da parte da frente, trás e lados, numeradas e mantidas em álbuns de arquivo. Os álbuns e as bonecas estão em exposição, tendo sido parte do generoso legado de Vionnet doado ao museu antes da sua morte, em 1975, aos 98 anos.
Numa década estabeleceu a sua assinatura. Não foi a primeira a cortar em viés mas nunca o método tinha sido usado num vestido inteiro, uma técnica que lhe deu uma nova dinâmica, segundo Golbin (responsável pela exposição). A ela dá-se também o crédito de ter popularizado as golas tipo capuz e as peças presas apenas no pescoço.
O seu material de eleição era o crepe, do leve como uma pena ao ultra pesado, por causa da sua fluidez. A partir de 1930, os produtores começaram a produzi-lo com larguras de 1,4 a 2 metros, permitindo que vestidos completos fossem cortados em viés, para produzir os modelos sinuosos e pendentes que eram a sua marca. A precisão do corte era fundamental. A decoração nunca era supérflua mas uma parte integrante da estrutura e equilíbrio de cada peça, incluindo as delicadas rosas à volta da cintura.A exposição estará aberta por mais tempo do que o habitual, até Janeiro de 2010, para estar presente em todas as grandes datas do calendário de moda de Paris, de modo a que o máximo de pessoas a possa ver. «Estes vestidos não são vistos há anos e, depois disto, serão novamente guardados por muito tempo. Este é o momento deles para brilharem», conclui Golbin.
In "Jornal Têxtil"
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